terça-feira, 25 de novembro de 2008

Globalização

Dez perguntas (e respostas) sobre a globalização
Montagem sobre fotos de Araquém Alcântara/Valdemir Cunha/ Pedro Martinelli/Ronaldo Cohn/S. Husain





Thomas Friedman
O ensaísta americano Thomas Friedman, 47 anos, colunista de assuntos internacionais do jornal The New York Times, é dono de dois prêmios Pulitzer por sua cobertura no Oriente Médio, onde morou nos anos 70 e 80. Autor de O Lexus e a Oliveira, um livro fascinante sobre o fenômeno dominante de nosso tempo, a globalização econômica, ele recebeu Angela Pimenta, de VEJA, para uma entrevista sobre as implicações da mundialização da economia. Friedman tem corrido o mundo em busca de casos relacionados ao fenômeno. Raramente vai a Paris, Berlim ou Londres. Sua destinação mais comum são os lugares mais remotos do planeta, aonde pouca gente vai a trabalho e quase ninguém vai em férias: Burundi, Serra Leoa, China e Índia.
I. A GLOBALIZAÇÃO É UMA IDÉIA NOVA?

"A globalização não é um modismo, um jogo Nintendo, mas um sistema internacional. E, assim como a Guerra Fria, ela também tem suas próprias regras, sua lógica interna, com pressões, incentivos, oportunidades e mudanças que afetam a vida de cada país, como o Brasil, de cada comunidade, como São Paulo, e também a empresa em que cada um de nós trabalha. Se você quer realmente saber o que está mudando o mundo, é preciso entender a globalização. Sou o primeiro colunista de assuntos internacionais do Times depois do final da Guerra Fria e o quinto em toda a história do jornal. O cenário mundial do primeiro deles foi a II Guerra. Já os últimos três tiveram a Guerra Fria como pano de fundo. Eu cheguei ao posto em 1994, quando o Muro de Berlim já tinha caído. Logo que assumi, a primeira pergunta que me fiz foi: 'Qual é o meu cenário, qual é a história que tenho para cobrir?'. Globalização é a resposta. E essa é uma super-história: olhe para a China, para a América, para o Brasil, para o mundo todo, cada vez mais interligado! Portanto, para mim, globalização não é uma ideologia nem um programa econômico a ser defendido; é, isso sim, uma interpretação daquilo que está acontecendo no mundo."

II. GLOBALIZAÇÃO NÃO SERIA APENAS UM NOME SUAVE PARA A AMERICANIZAÇÃO DO MUNDO?

"A globalização é a conseqüência do triunfo dos valores defendidos pela economia de mercado. E por que a economia de mercado? Porque em todo o mundo as pessoas tentaram uma série de outros sistemas e acabaram chegando à conclusão de que eles não funcionavam. Portanto, a economia de mercado é conseqüência do triunfo de certas idéias e também do triunfo de certas tecnologias. Quando, por exemplo, eu abro uma empresa para vender óculos de sol pela internet, todos os meus clientes em potencial são globais – de San Francisco a São Paulo – e da mesma maneira meus competidores são globais – de Washington ao Rio de Janeiro. O mesmo vale para meus consumidores. Portanto, no momento em que você chega à internet, torna-se imediatamente um animal global. Tem de ser assim. Isso é uma ideologia? Isso é uma coisa que eu estou defendendo? Ou será que não passa da conseqüência de uma tecnologia que agora pode conectar todo mundo ao redor da Terra de um modo antes inimaginável? E isso se aplica também a todas as tecnologias que derrubaram os muros em torno do planeta. A globalização é justamente o resultado da derrubada desses muros."

III. A ÚLTIMA CONSEQÜÊNCIA DA GLOBALIZAÇÃO SERÁ O FIM DA DIVERSIFICAÇÃO CULTURAL NO PLANETA?

"Esse lado da globalização é apavorante – é uma espécie de darwinismo com anabolizantes. A globalização pode provocar uma devastação no ambiente e nas culturas locais se não for controlada. Muito da minha inspiração para esta afirmação me veio das visitas que fiz ao Pantanal Mato-Grossense e ao que restou da Mata Atlântica brasileira. Países globalizados precisam de recursos que lhes permitam proteger tanto sua natureza quanto seus valores culturais. Meu temor é que os países saiam numa corrida louca para se tornar globais e acabem pondo a perder sua cultura e seu ambiente."

IV. UM MUNDO GLOBALIZADO TEM MAIS CHANCE DE VIVER EM PAZ?

"Em 1996 comecei a escrever em minha coluna que, ao redor do mundo, os países vizinhos àqueles em que o McDonald's tinha instalado lanchonetes jamais haviam declarado guerra um contra o outro depois que seus povos passaram a ter acesso ao Big Mac e a batatas fritas. Eu usava essa metáfora para dizer de maneira bem-humorada que, num mundo mais interligado, o preço que você paga para fazer guerra é muito mais alto que nos tempos da Guerra Fria. Agora, nem a Rússia, que está quebrada, nem os Estados Unidos, que têm um orçamento equilibrado, vão financiar as guerras tribais, como faziam no passado. Se, por exemplo, o Brasil e a Argentina entrassem em guerra amanhã, suas economias seriam imediatamente punidas pelas bolsas de valores em todo o mundo. As ações desses países perderiam seu valor. Por isso, minha tese é que toda essa integração econômica afeta a política interna das nações. Meu símbolo era o McDonald's. Acho que essa tese era tão, digamos, charmosa e ao mesmo tempo válida que vários cientistas políticos tentaram provar – sem sucesso – que eu estava errado. Tentaram dizer que minha tese caiu por terra por causa da guerra em Kosovo, mas ali, como deixei claro em meu livro, se tratava de uma guerra civil. Mas digamos que ainda assim eu estivesse errado, do mesmo modo minha teoria se aplica a 99,99% dos casos, o que é uma boa média para a ciência social.

Não foi por acaso que chamei meu livro de O Lexus e a Oliveira. Na parte do Lexus, o carro produzido pela Toyota, que também diz respeito ao McDonald's, falo de tecnologia, integração cultural e econômica. Já a oliveira vem de uma imagem do próprio Oriente Médio, do papel que as forças ancestrais da cultura e da tradição desempenham no mundo. Mas minha tese do McDonald's refere-se às regiões que já estão plugadas ao sistema global, e eu não acredito que a margem ocidental (o território palestino) esteja plugada ao sistema. Da mesma forma que isso não se aplica à Síria, que não tem McDonald's, tampouco ao Iraque. Outra coisa é que Yasser Arafat liga muito mais para suas oliveiras que para os Lexus – ou melhor, ele liga para seus Lexus, mas não dá importância ao fato de que seu povo também possa vir a querer ter Lexus. A oliveira continuará a ter papel fundamental nas culturas porque religião, tradição e costumes locais são tão básicos à humanidade como o próprio DNA."

V. ACABOU O TEMPO EM QUE OS GOVERNOS PODIAM ENDIVIDAR-SE SEM CONSEQÜÊNCIAS MAIORES?

"Os países vestiram o que chamo de 'camisa-de-força dourada'. O Brasil, por exemplo, vestiu-a de uma maneira que hoje lhe é razoavelmente confortável. O importante é saber que de agora em diante só existe um caminho a ser seguido, o da camisa-de-força dourada. Mas cada país pode escolher a velocidade com que se enquadrará nela, pois é preciso garantir a estabilidade social em cada país. Cedo ou tarde os países serão classificados da mesma maneira que qualquer devedor. Diria que a Rússia e a Argentina são papéis de alto risco, enquanto o Brasil e a China são papéis de risco médio. O Brasil está à frente de todos esses países em vários aspectos. Ele é mais desenvolvido, já que tem economia de mercado, democracia e internet. A China tem uma energia extraordinária e vem demonstrando muito mais apetite que o Brasil para crescer, mas não tem as instituições que o Brasil possui. Já a Argentina, apesar de também ter instituições como o Brasil, está naufragando economicamente por falta de liderança."

VI. A GLOBALIZAÇÃO VAI LEVAR A DEMOCRACIA A TODOS OS CANTOS DO MUNDO?

"Aqueles países que possuem boas instituições vão se dar bem em tempos globais, os que não tiverem vão ter um problema sério para resolver. E isso não tem apenas a ver com os altos e baixos da economia. Seu governo é uma espécie de tomada, que liga você ao sistema. Se ele for um bom governo, você estará ligado com segurança. Se for corrupto ou fraco, o trânsito entre seu país e o 'rebanho eletrônico', ou seja, o fluxo de capitais que se move digitalmente pelo mundo, será interrompido, asfixiando sua economia. E isso acontece não apenas porque as ditaduras e a corrupção sejam imorais, mas porque elas são antiprodutivas. Um bom governo tem de ser equipado com uma burocracia eficiente e honesta, bons tribunais, boas instituições regulatórias. As pessoas estão excessivamente preocupadas com o chamado 'abismo digital'. Eu não. Em cinco anos, quem hoje ganha apenas o equivalente a 1 dólar por dia poderá comprar um Palm Pilot. A democratização tecnológica se encarregará disso. Mas será que daqui a cinco anos teremos a segurança de que, por exemplo, os julgamentos serão justos em Manaus, sem que os juízes brasileiros sejam corrompidos? O que dizer do abismo entre as pessoas? É isso que importa."

VII. A HISTÓRIA ECONÔMICA ESTÁ CHEIA DE EXEMPLOS DE SURTOS ECONÔMICOS EM QUE SÓ UMA MINORIA PROSPERA. POR QUE SERIA DIFERENTE COM A GLOBALIZAÇÃO?

"A desigualdade social, não só no Brasil, mas em toda a América Latina, tem profundas razões históricas e sociais. A pobreza dos povos latino-americanos é um tremendo fardo para a região. Se você tem elites que são tão egoístas a ponto de ignorar completamente aqueles que em meu livro eu chamo de 'os que não têm nada', 'não sabem nada', ou 'que foram deixados para trás', cedo ou tarde eles irão atrás de você. Por outro lado, os pobres têm um grande potencial, uma grande capacidade produtiva que está sendo desperdiçada se continuarem à margem do mercado. A força dos Estados Unidos deve-se, em boa parte, à grandeza de sua elite, dos bilionários que doam fortunas a escolas, hospitais, museus e universidades. Eis um exemplo que os ricos brasileiros poderiam seguir.

Uma economia global bem-sucedida para a maioria funciona como um circo. Ela precisa de três coisas. A primeira é o trapézio, ou seja, as regras selvagens do livre mercado, aquilo que permite que os empreendedores saltem, voem, corram os riscos necessários para a economia florescer. Sem o trapézio não há crescimento. Em segundo lugar, é preciso trampolins, porque algumas pessoas se lançam ao trapézio e acabam caindo e outras não têm inicialmente o impulso necessário para alçar o trapézio. Mas o trampolim significa uma segurança temporária, um instrumento que eles podem usar para voltar ao jogo: esses são os programas de treinamento, educação, ciência da computação, todos os recursos para as pessoas terem sucesso na nova economia. Em terceiro lugar, há a rede de segurança, porque algumas pessoas nunca conseguirão chegar ao trampolim, e menos ainda ao trapézio. Seria um desastre se elas batessem com a cabeça no cimento. Por isso, a rede de segurança são os programas sociais bancados pelo governo, empresas e comunidades para assistir as pessoas desamparadas. Estou certo de que, mesmo vestindo a 'camisa-de-força dourada', os países podem bancar o custo do trapézio e da rede de segurança."

VIII. MUITAS PESSOAS TEMEM A GLOBALIZAÇÃO EXATAMENTE POR SE PRETENDER GLOBAL. ELA NÃO SERIA TÃO TOTALITÁRIA QUANTO O SOCIALISMO?

"O socialismo foi um sistema maravilhoso para fazer todo mundo igualmente pobre. Não existe sistema melhor no mundo para isso. E, se alguém precisa de um testemunho a respeito, pergunte às pessoas que derrubaram o Muro de Berlim. Já o capitalismo torna as pessoas desigualmente ricas, ele tem a própria brutalidade, mas é um sistema que pode ser moderado. A resposta para mim não é retroceder ao socialismo, mas aprender a calibrar o capitalismo num mundo global: seja redistribuindo renda, seja, muito mais importante que isso, promovendo a educação entre os despossuídos. Digamos que eu precisasse emagrecer 10 quilos. Nesse caso, será que o mais inteligente seria eu cortar minha cabeça? Regredir ao socialismo equivale em inteligência a pedir a uma pessoa em regime que perca 10 quilos e ela decida simplesmente cortar a cabeça.

Por outro lado, a globalização é um conceito extremamente complicado. A globalização é uma coisa que não tem alma. Veja, por exemplo, o nacionalismo árabe. As ideologias do Oriente Médio não fazem o menor sentido econômico, mas elas tocam a alma dos povos e os entusiasmam. Por sua vez, a globalização faz o maior sentido para todas as economias do mundo, mas é um tema que não consegue tocar a alma de ninguém."

XI. A ECONOMIA DOS ESTADOS UNIDOS PODE DESPENCAR E ARRASTAR COM ELA TODA A PROSPERIDADE DO MUNDO?

"O cenário mundial pode mudar se nós não conseguirmos manter as condições fundamentais de nossa prosperidade, como a produtividade da economia americana. Mas o cerne da exuberância americana são suas instituições, os fundamentos de sua economia, sua política e sua vida social. Essas são as condições que nos dão uma vantagem competitiva incomparável no planeta. E esse alicerce é extremamente sólido, não importa se o mercado de capitais está em alta ou em baixa."

X. COMO MAIORES BENEFICIÁRIOS DA GLOBALIZAÇÃO, OS ESTADOS UNIDOS NÃO DEVERIAM CONTRIBUIR MAIS PARA SEU SUCESSO?

"Os Estados Unidos precisam ter a mão aberta, ajudar os outros povos a se fortalecerem e se tornarem parceiros desse sistema global. Acredito que os Estados Unidos deveriam colaborar com o dobro do que colaboram para organismos como o Banco Mundial e bancos de desenvolvimento regional, como para a Ásia, a América Latina e a África. Nosso dinheiro precisa ser usado para ajudar as pessoas a construir instituições que as façam prosperar. Essas deveriam ser as linhas mestras de nossa política internacional."

As emoções fazem parte de nossa vida

O mercado passou por várias mudanças significativas e continua em constante processo de transformações. Dentro dessa realidade estimulada pela Globalização, as pessoas sentem a necessidade de acompanhar tudo o que acontece, pois hoje não são apenas as competências técnicas que fazem os profissionais destacarem-se e fortalecer a empregabilidade. Hoje, tornou-se fundamental investir na Inteligência Emocional, pois essa influencia diretamente o desempenho do indivíduo, sua capacidade de lidar com situações inesperadas e até mesmo com conflitos que surgem no dia-a-dia, inclusive no ambiente corporativo.
“Um indivíduo emocionalmente inteligente consegue mobilizar suas emoções estrategicamente para alcançar suas metas. Para isso, ele consegue reconhecer, aceitar, escolher e gerenciar o que sente durante as mais diversas situações”. Essa afirmação é feita por Carlos Cruz – consultor que atua como coach executivo e de equipes, conferencista em desenvolvimento humano e diretor da UP Treinamentos & Consultoria. Em entrevista ao RH.com.br, ele destaque que é preciso buscar a harmonia e quanto mais a razão o indivíduo trabalha com a emoção, mais força e potencial ele terá. Confira a entrevista na íntegra e faça uma auto-avaliação sobre suas próprias emoções. Boa leitura!
RH.COM.BR - Hoje, é fácil observar que os critérios para contratar um profissional não são restritos apenas ao conhecimento técnico. As emoções aparecem entre as competências mais cobiçadas pelas organizações?
Carlos Cruz - A Inteligência Emocional, sem sombra de dúvidas, é pré-requisito para um profissional destacar-se em um cenário cada vez mais competitivo e, assim, conseguir uma boa oportunidade de trabalho, uma promoção ou até mesmo para quem deseja montar o seu próprio negócio. Imagine um goleiro que vai defender um pênalti sem um dos braços. Impossível, não é? O mesmo aconteceria com uma pessoa que eliminasse a razão ou a emoção de seu dia-a-dia. A ciência comprova que os sentimentos e as emoções interferem diretamente no modo como o indivíduo raciocina e seleciona as respostas para seus problemas, processo conhecido como tomada de decisão. Hoje, as organizações necessitam de profissionais que tomem decisões com foco em resultados a curto, médio e longo prazo, com consciência humana e social.

RH - Está difícil encontrar profissionais que saibam "controlar" suas emoções no dia-a-dia organizacional?
Carlos Cruz - O mercado está repleto de profissionais emocionalmente inteligentes que, geralmente, estão empregados ou são donos do próprio negócio. O maior desafio não está em encontrá-los, mas em atrair e retê-los nas organizações. Para isso, é imprescindível instalar sistemas que tratem os colaboradores como um verdadeiro investimento e não como despesa, mudando radicalmente a mentalidade dos líderes empresariais. Com isso, as empresas que buscam sustentabilidade no mercado investem cada vez mais em remuneração, benefícios, treinamentos, possibilidades de ascensão, ambiente favorável ao desenvolvimento humano e profissional, excelentes condições de trabalho, feedbacks constantes, transparência na comunicação, envolvimento da equipe em decisões importantes e muito mais.

RH - O que significa controlar as emoções no ambiente de trabalho?
Carlos Cruz - Significa administrar os impulsos para não explodir e depois se arrepender, ter a capacidade de se adaptar às mais diversas situações para alcançar um objetivo. Além disso, é preciso ter flexibilidade e foco em momentos de pressão.

RH - O estímulo à inteligência emocional pode, de alguma forma, inibir a personalidade do profissional?
Carlos Cruz - A personalidade do profissional é tudo aquilo que distingue o indivíduo dos demais, ou seja, o conjunto de características psicológicas que determinam a sua individualidade pessoal e social. Sendo assim, a inteligência emocional pode, ao contrário de inibir, potencializar as possibilidades de um profissional ter mais sucesso na liderança de uma equipe, na administração de um conflito e no gerenciamento de uma crise, por exemplo. Quanto mais um indivíduo conhece as suas emoções e as mobiliza para alcançar seus objetivos, maiores serão suas probabilidades de alcançar a auto-realização.

RH - Quais as principais características de uma pessoa emocionalmente inteligente?
Carlos Cruz - Ser sincera consigo mesma para avaliar as suas habilidade de maneira verdadeira, abrindo-se para feedbacks, para reconhecer como as suas emoções afetam seu desempenho e a ligação entre o que pensa, sente e sua maneira de agir. É fundamental ter um propósito, um motivo para agir. Estar pronto para agarrar as oportunidades, superar os obstáculos e aprender com eles para seguir em frente, atuar com base na liderança situacional, gerenciar conflitos, colaborar e trabalhar em equipe, construir alianças e desenvolver outras pessoas também são características de uma pessoa emocionalmente inteligente.

RH - Um funcionário com a capacidade de controlar as emoções sempre se destaca em relação aos seus pares?
Carlos Cruz - Não é uma regra que ele sempre se destaque, mas, com certeza as possibilidades são muito maiores. Quando um indivíduo emprega não apenas a razão, mas também as suas emoções, sua inteligência emocional o capacita a encontrar centenas de possíveis opções em segundos para chegar à melhor solução, ao invés de horas.

RH - Quais os benefícios que o estímulo à Inteligência Emocional traz às empresas e aos profissionais?
Carlos Cruz - Os profissionais que são estimulados a desenvolver a inteligência emocional tornam-se mais vivos e autênticos, fortalecem e aceleram o raciocínio, geram confiança e união com a equipe, fornecem informações vitais e feedbacks constantes. São mais criativos e inovam com mais facilidade, geram influência sem prepotência, são mais motivados, estimulam o aprendizado e, assim, contribuem com o aumento da produtividade de suas equipes e, direta ou indiretamente, impactam positivamente nos resultados organizacionais.

RH - De que maneira a Inteligência Emocional pode ser desenvolvida na prática?
Carlos Cruz - A Inteligência Emocional pode ser desenvolvida por meio de trabalhos que envolvem algumas competências do indivíduo, ou seja, características mensuráveis que diferenciam o nível de desempenho de uma pessoa em determinada situação. A regra básica é: se você quer desenvolver a Inteligência Emocional, comece investindo no autoconhecimento e no autodesenvolvimento.

RH - Quais as áreas do comportamento humano devem ser trabalhadas, para que o indivíduo desenvolva a Inteligência Emocional?
Carlos Cruz - Durante os trabalhos de coaching, procuro me basear no modelo criado por Daniel Goleman e Richard Boyatzis. Por isso, costumo trabalhar cinco áreas distintas:
Eu me conheço - É a área do autoconhecimento, a sinceridade que cada um tem consigo mesmo para avaliar as suas habilidades de maneira verdadeira, abrindo-se para feedbacks, para reconhecer como as suas emoções afetam seu desempenho e a ligação entre o que pensa, sente e sua maneira de agir. Pare alguns minutos antes de enfrentar um desafio que gere alguma tensão emocional e pergunte-se: qual é a emoção que estou sentindo neste momento? Como eu posso pensar e agir diferente nesta situação?
Eu me gerencio – Aqui busco trabalhar o autocontrole, que permite a pessoa pensar antes de agir, conseguindo, assim, administrar seus impulsos para não explodir e depois se arrepender. Ter a capacidade de se adaptar às situações para alcançar um objetivo, além de flexibilidade e foco em momentos de pressão são exercícios do autogerenciamento. Tenha sempre um objetivo em mente e pense quais seriam os passos para alcançá-lo. Pergunte-se freqüentemente: qual o comportamento construtivo posso ter agora para alcançar meu objetivo?
Motivação - Os indivíduos têm um propósito, um motivo para agir. Estar pronto para agarrar as oportunidades, superar os obstáculos e aprender com eles para seguir em frente é muito importante. Saiba que o fracasso é um julgamento em curto prazo e trabalhe constante e incessantemente em busca de resultados positivos. Mobilize pessoas para alcançar a realização. Uma pessoa motivada é sinal de iniciativa e persistência. Reflita: suas decisões são motivadas pelo medo de perder ou pela esperança de ganhar? O que você precisa fazer para alcançar seu objetivo?
Eu conheço os outros – Aqui peço para as pessoas olharem para suas equipes e para as pessoas ao seu redor. É preciso mostrar sensibilidade à perspectiva alheia, buscar maneiras de conquistar a confiança e aumentar o nível de satisfação dos outros. Enxergar as diferenças como oportunidades de desenvolvimento faz toda a diferença. Nesta área avalia-se a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreendê-lo e entender verdadeiramente o que se passa com ele. Faça uma lista das qualidades, talentos e dificuldades das pessoas ao seu redor. Identificar as pessoas que têm poder e influência nos relacionamentos com a sua equipe pode ajudar no seu próprio posicionamento. Pense também nas idéias pré-concebidas que você tem do seu chefe, clientes e liderados.
Eu gerencio os outros – Aqui exercitamos a liderança situacional, gerenciamos conflitos, colaboramos e trabalhamos em equipe, construímos alianças e desenvolvemos os outros. Nesta área pode-se observar a capacidade de lidar com pessoas difíceis. Desafiar o status quo, ou seja, a maneira como as coisas são é uma forma de avaliar como você gerencia os outros. Aproveite para refletir sobre algo importante que deseja comunicar e se pergunte: o que é mais importante nesta mensagem para mim? E para os outros? Pense, ainda, se existe uma melhor maneira de dizer o que deseja.

RH - Como a área de Recursos Humanos pode colaborar para o desenvolvimento da Inteligência Emocional?
Carlos Cruz - Contratando profissionais especializados em desenvolvimento humano, como eu (risos). Como segunda opção, sugiro que o profissional de Recursos Humanos comece um trabalho consigo mesmo, depois envolva toda a sua área, os líderes e, por último, toda a organização. Faça isso por meio do diálogo de desenvolvimento, conscientizando todos os colaboradores do que vem a ser uma pessoa emocionalmente inteligente, como ela age e os benefícios que esse aprendizado traz para a vida de maneira geral. Estimule os indivíduos a criarem planos de ação e trabalhe com as cinco áreas que citei.

RH - Uma vez que desenvolve a sua Inteligência Emocional, a pessoa pode utilizá-la também na vida pessoal?
Carlos Cruz - Uma vez desenvolvida a Inteligência Emocional ela pode ser utilizada em qualquer área da vida, em qualquer lugar e em todos os momentos. Costumo dizer a seguinte frase: cuide das suas emoções, dos seus pensamentos e, principalmente do seu corpo, pois ele é a casa onde você mora.

Comentários do Filme Ray




Um dos maiores nomes da historia da musica moderna,Ray Charles é o autor da trilha sonora da vida de muita gente,considerado um dos grandes nomes a musica americana,ficou cego aos sete anos e órfão na adolecencia,onde teve que enfrentar dificuldades para superar o preconceito e vencer na vida.
O filme conta a vida do musico,partindo do momento em que deixa sua casa para tentar a carreira profissional,onde mergulha no mundo das drogas e luta para sair desse abismo.
No decorrer do filme o protagonista relembra seu passado para superar as dificuldades,muitas delas decorrentes da sua infância.


Podemos perceber alguns esquemas que influenciam a vida do autor:

Esquema da subjugação:Lembranças dos tempos em que sua mãe era enganada pela lavadeira.

Esquema da desconfiança:Quando ele era enganado pelos quais se diziam seus amigos,na fila de pagamento ele era roubado por ser cego e não saber contar as notas.

Esquema do abandono:Quando se sente excluído pelos amigos,no bar ele é rejeitado por ser cego.

Esquema da incapacidade de ser amado:Quando ele diz que só tem a atenção dos outros quando esta em um palco.

Esquema da superioridade:Se sente o dono das suas relações amorosas com suas mulheres por ser rico e amado por todos.

Esquema da vulnerabilidade:Quando ele tem alucinações com agua devido ao afogamento do irmão quando criança,enquanto brincavam juntos.Ray se sentiu culpado.

Esquema do fracasso:Quando chaga ao ponto de colocar tudo em risco até sua família por causa da sua dependência química.

Estratégias usadas por Ray para enfrentar esses esquemas:

A principio demonstrou rebeldia, quando percebeu que tudo que ele fazia era para agradar aos outros.Esforçava-se bastante para ser bem sucedido nas coisas que fazia,tinha muito medo de não conseguir.Usava sua arrogância com sua esposa fazendo com que ela se sentisse submissa.Tinha muita responsabilidade e se esforçava para superar os traumas da infância.
Com muita coragem ele consegue superar as dificuldades e depois de se internar se liberta do vicio e segue rumo ao sucesso.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

PUBLICAÇÕES ELETRÔNICAS CONTÁBEIS ATUALIZÁVEIS

http://www.portaldecontabilidade.com.br/obras.htm

Lei nº 11.638 de 28.12.2007

Lei nº 11.638 de 28.12.2007

D.O.U.: 28.12.2007 - Edição Extra

Altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Os arts. 176 a 179, 181 a 184, 187, 188, 197, 199, 226 e 248 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, passam a vigorar com a seguinte redação:

"Artigo 176. (...)

(...)

IV - demonstração dos fluxos de caixa; e

V - se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.

(...)

§ 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa." (NR)

"Artigo 177. (...)

(...)

§ 2º As disposições da lei tributária ou de legislação especial sobre atividade que constitui o objeto da companhia que conduzam à utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou à elaboração de outras demonstrações não elidem a obrigação de elaborar, para todos os fins desta Lei, demonstrações financeiras em consonância com o disposto no caput deste artigo e deverão ser alternativamente observadas mediante registro:

I - em livros auxiliares, sem modificação da escrituração mercantil; ou

II - no caso da elaboração das demonstrações para fins tributários, na escrituração mercantil, desde que sejam efetuados em seguida lançamentos contábeis adicionais que assegurem a preparação e a divulgação de demonstrações financeiras com observância do disposto no caput deste artigo, devendo ser essas demonstrações auditadas por auditor independente registrado na Comissão de Valores Mobiliários.

(...)

§ 5º As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o § 3º deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários.

§ 6º As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstrações financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as companhias abertas.

§ 7º Os lançamentos de ajuste efetuados exclusivamente para harmonização de normas contábeis, nos termos do § 2º deste artigo, e as demonstrações e apurações com eles elaboradas não poderão ser base de incidência de impostos e contribuições nem ter quaisquer outros efeitos tributários." (NR)

"Artigo 178. (...)

§ 1º (...)

(...)

c) ativo permanente, dividido em investimentos, imobilizado, intangível e diferido.

§ 2º (...)

(...)

d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.

(...)" (NR)

"Artigo 179. (...)

(...)

IV - no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens;

V - no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional;

VI - no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.

(...)" (NR)

"(VETADO)

Artigo 181. (VETADO)"

"Patrimônio Líquido

Artigo 182. (...)

§ 1º (...)

(...)

c) (revogada);

d) (revogada).

(...)

§ 3º Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo (§ 5º do art. 177, inciso I do caput do art. 183 e § 3º do art. 226 desta Lei) e do passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado.

(...)" (NR)

"Critérios de Avaliação do Ativo

Artigo 183. (...)

I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:

a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e

b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito;

(...)

VII - os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização;

VIII - os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.

§ 1º (...)

(...)

d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na ausência de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro:

1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares;

2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco similares; ou

3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de instrumentos financeiros.

§ 2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado, intangível e diferido será registrada periodicamente nas contas de:

(...)

§ 3º A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado, no intangível e no diferido, a fim de que sejam:

I - registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou

II - revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.

(...)" (NR)

"Critérios de Avaliação do Passivo

Artigo 184. (...)

(...)

III - as obrigações, encargos e riscos classificados no passivo exigível a longo prazo serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante." (NR)

"Demonstração do Resultado do Exercício

Artigo 187. (...)

(...)

VI - as participações de debêntures, de empregados e administradores, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;

(...)

§ 2º (Revogado)." (NR)

"Demonstrações dos Fluxos de Caixa e do Valor Adicionado

Artigo 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo:

I - demonstração dos fluxos de caixa - as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos:

a) das operações;

b) dos financiamentos; e

c) dos investimentos;

II - demonstração do valor adicionado - o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída.

(...)" (NR)

"Reserva de Lucros a Realizar

Artigo 197. (...)

§ 1º (...)

(...)

II - o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte.

(...)" (NR)

"Limite do Saldo das Reservas de Lucro

Artigo 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assembléia deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos." (NR)

"Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão

Artigo 226. (...)

(...)

§ 3º Nas operações referidas no caput deste artigo, realizadas entre partes independentes e vinculadas à efetiva transferência de controle, os ativos e passivos da sociedade a ser incorporada ou decorrente de fusão ou cisão serão contabilizados pelo seu valor de mercado." (NR)

"Avaliação do Investimento em Coligadas e Controladas

Artigo 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas sobre cuja administração tenha influência significativa, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante, em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas:

(...)" (NR)

Art. 2º A Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 195-A:

"Reserva de Incentivos Fiscais

"Artigo 195-A. A assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei).

"Demonstrações Financeiras de Sociedades de Grande Porte

Art. 3º Aplicam-se às sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de sociedades por ações, as disposições da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sobre escrituração e elaboração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários.

Parágrafo único. Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta Lei, a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).

Art. 4º As normas de que tratam os incisos I, II e IV do § 1º do art. 22 da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, poderão ser especificadas por categorias de companhias abertas e demais emissores de valores mobiliários em função do seu porte e das espécies e classes dos valores mobiliários por eles emitidos e negociados no mercado.

Art. 5º A Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 10-A:

"Artigo 10-A. A Comissão de Valores Mobiliários, o Banco Central do Brasil e demais órgãos e agências reguladoras poderão celebrar convênio com entidade que tenha por objeto o estudo e a divulgação de princípios, normas e padrões de contabilidade e de auditoria, podendo, no exercício de suas atribuições regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os pronunciamentos e demais orientações técnicas emitidas.

Parágrafo único. A entidade referida no caput deste artigo deverá ser majoritariamente composta por contadores, dela fazendo parte, paritariamente, representantes de entidades representativas de sociedades submetidas ao regime de elaboração de demonstrações financeiras previstas nesta Lei, de sociedades que auditam e analisam as demonstrações financeiras, do órgão federal de fiscalização do exercício da profissão contábil e de universidade ou instituto de pesquisa com reconhecida atuação na área contábil e de mercado de capitais."

Art. 6º Os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser mantidos até a sua efetiva realização ou estornados até o final do exercício social em que esta Lei entrar em vigor.

Art. 7º As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, poderão ser divulgadas, no primeiro ano de vigência desta Lei, sem a indicação dos valores correspondentes ao exercício anterior.

Art. 8º Os textos consolidados das Leis nºs 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e 6.385, de 7 de dezembro de 1976, com todas as alterações nelas introduzidas pela legislação posterior, inclusive esta Lei, serão publicados no Diário Oficial da União pelo Poder Executivo.

Art. 9º Esta Lei entra em vigor no primeiro dia do exercício seguinte ao de sua publicação.

Art. 10. Ficam revogadas as alíneas c e d do § 1º do art. 182 e o § 2º do art. 187 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976.

Brasília, 28 de dezembro de 2007; 186º da Independência e 119º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Arno Hugo Augustin Filho

ADMINISTRAR COM FOCO NA GLOBALIZAÇÃO






A empresa Norsa

A Norsa é uma jovem empresa de bebidas, fundada em 1998, pela união dos franqueados Coca-Cola nos estados da Bahia, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. Com dez anos de existência, alcançou em sua área geográfica de 907 mil quilômetros quadrados (10% do território brasileiro), a liderança absoluta do mercado de refrigerantes, introduziu e cultiva um modelo de gestão que valoriza a qualidade, a eficiência e o desenvolvimento de pessoas.

Estando entre as 300 maiores empresas do País, a Norsa tem cinco fábricas, onze centros de distribuição e um contingente de mais de 3 mil funcionários. A empresa produz, vende e distribui os produtos Coca-Cola e comercializa e distribui o portfólio da Cervejaria FEMSA em cerca de 150 mil pontos de venda.

A diversidade e a qualidade dos produtos Coca-Cola são os diferenciais do portifólio da empresa. Com freqüência, a Norsa/Coca-Cola lança novos produtos e novas embalagens acompanhando as tendências do mercado e o desejo dos seus consumidores

A responsabilidade social da Norsa/Coca-Cola começa muito antes da participação da empresa em projetos sociais, pagando impostos, gerando emprego, desenvolvendo pessoas, vendendo produtos de qualidade e não agredindo o meio ambiente.

Além disso, a empresa ainda desenvolve projetos sociais especiais para as comunidades onde está presente.

Norsa prioriza o Estado para investimentos

A Norsa, empresa fabricante e distribuidora de produtos Coca-Cola nos Estados da Bahia, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, vai investir R$ 5,2 milhões na expansão das fábricas baianas de Simões Filho e Vitória da Conquista. Segundo o presidente da empresa, Augusto César Parada, a Bahia é o maior mercado dentro do território de atuação da Norsa. "Hoje a empresa registra 45% de participação no mercado baiano. Nossa intenção é ampliar para 50%. Estimamos que as vendas em 2007 gerem R$ 1,2 bilhão. O faturamento da Norsa saiu de R$ 507,2 milhões em 2002 para R$ 960 milhões no ano passado", revela.
O presidente da Norsa também revelou que a opção pela Bahia é estratégica em razão do grande potencial apresentado pela região.
"A Bahia é o maior e mais populoso Estado dentre os quais a Norsa atua. Percebemos nessa região um grande potencial de desenvolvimento de mercado", afirma. Ele ainda destacou que as duas fábricas baianas serão ampliadas e receberão a implantação de duas novas linhas de embalagens, que até então não eram fabricadas nestas unidades.
Segundo Augusto Parada, há a expectativa, com a expansão, de geração de 70 novos empregos nas duas fábricas baianas. "Na Bahia geramos 1,5 mil empregos diretos e quase dez vezes mais em empregos indiretos", cita.
De acordo com dados da empresa, em 2003, a participação de mercado dos refrigerantes da Coca-Cola nos quatro Estados era de 44% em média. Hoje, a Norsa tem 58% de participação do mercado.
A unidade fabril de Simões Filho ganhará uma linha de envasamento de latas, que aumentará em 20% a capacidade de produção da fábrica. Ela também recebeu recentemente uma extensão do galpão de armazenagem de produtos acabados, que passou de 8 mil metros quadrados, para 14 mil metros quadrados. Já a unidade fabril de Vitória da Conquista terá uma linha de envasamento de PETs, que triplicará o volume de produção desta unidade.
A partir destas implementações, a capacidade de produção da unidade fabril de Simões Filho sai de 205 milhões de litros/ ano para 250 milhões de litros/ ano e a de Vitória da Conquista dos atuais 19 milhões de litros/ ano para 57 milhões de litros/ ano.
Ainda neste ano, a Norsa realizou um processo de expansão, com a compra da fábrica da RC Cola, uma das mais modernas unidades fabris da América Latina, no Rio Grande do Norte. Atualmente a empresa possui cinco fábricas, uma no Ceará, duas na Bahia, uma no Rio Grande do Norte e uma no Piauí, também tem seis centros de distribuição e dois centros de vendas, além de mais de três mil funcionários. A Norsa fornece refrigerantes, sucos, chás, energéticos, achocolatados e águas, além dos produtos das fábricas da Femsa Cervejas Brasil na região, para cerca de 150 mil pontos-de-venda.